quinta-feira, 24 de setembro de 2020

Nomes e sobrenomes

Não se usava sobrenomes: na Alta Idade Média e ainda mais tarde, dependendo do país, as
pessoas eram conhecidas pelo primeiro nome ou nome de batismo, acompanhado

pelo nome do pai quando era necessário distinguir homônimos - o chamado patronímico. Por
exemplo: em português, Afonso Henriques (Afonso, filho de Henrique); em
inglês, William Johnson (William, filho de John); em russo, Dmitri Ivanovich (Dmitri,
filho de Ivan) ou Anna Ivanovna (Anna, filha de Ivan); em francês, Charlesfils
de Gerald ou Charles Fitzgerald;em gaélico, Fergusmac Echdach (Fergus, filho de Echdach).
A exceção foram os irlandeses: já na Alta Idade Média, a partícula O , que originalmente
significava "neto de", tomou o sentido de "descendente de" e sobrenomes
formados com ela passaram a ser usados como nome de clã e herdados como os sobrenomes
modernos.
Apelidos e cognomes também eram frequentemente usados para distinguir indivíduos, como
"Carlos, o Calvo" (rei da França), ou "Henrique, o Passarinheiro" (caçador
de passarinhos e soberano do Sacro Império), bem como nomes relativos à origem ou lugar de
nascimento, como "Pepino de Heristal", ou ao nome do feudo ou senhorio,
como "Leopoldo de Baviera".

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